sexta-feira, 25 de julho de 2014

Confissão

Toco meu rosto.
Estou cansado.
Aqui dentro, acumulado,
o amor me consome.

Não peço muito.
Quero apenas ser a parte necessária de alguém,
defeitos inclusos,
e ser recíproco.

Mas o coração continua a estalar como um móvel antigo,
que já se acostumou com a ideia de se expandir e retrair
em vão.

Estou prenhe de amor
e virgem dos teus beijos.
Ah!, o ímpeto de amar:
nasci deste desejo.

Amor,
troco minhas várias noites insones cavando poços fundos de solidão
por uma apenas,
cavando um lar feliz na relva do seu peito.

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