quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Verão-Inverno

Outrora encontrava paz nas mãos que me acariciavam,
cujos dedos afundavam-se nos meus cabelos
e cantavam aos meus pensamentos até acalmá-los.
Costume esse que levou-me como uma maresia,
sujeitou-me à tentação dessa calmaria,
cativou-me na leitura das palavras de seus gestos
que povoavam o ar com poesias.

Nessa época, meus sonhos eram como sonhos de sonhos
em que dançávamos como crianças perdidas,
sem medo de errar os passos ou o compasso da música.
Perdíamos a hora e mal percebíamos que amanhecia!
Mas corremos tanto com o tempo que logo cansamos.
E o tempo também cansou.
E ele desistiu.

E parou.

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